3.11.25
Sotiris ao lado
Ainda a AG da semana passada: aquilo de que não se falou
Empate ao cair do pano (futsal)
2.11.25
(0-4 com o Estoril) Sotiris: quantos pedidos de desculpas mais?
Após a derrota frente ao Sintrense, da quarta divisão, o treinador pediu desculpas. Todos elogiaram.
10 dias depois, após a humilhante derrota e nula exibição de ontem, frente ao Estoril, Sotiris voltou a pedir desculpas.
A minha pergunta é, para o treinador e para o seu patrão: quantas vezes mais Sotiris terá de pedir desculpas para se perceber que não há mais condições? Insisto. Para o próprio, que me parece uma pessoa muito decente, e para o patrão.
Ontem, mais do que em Sintra, Sotiris esteve realmente mal.
- voltou, frente a um adversário pior classificado do que nós, a jogar com três centrais;
- juntou mais dois médios defensivos e apresentou-se (há muitos anos que não via uma coisa destas no onze inicial na nossa equipa) sem qualquer médio mais avançado ou criativo (Aguilera, Pohlmann, Graça no banco).
- após a expulsão, manteve tudo como estava (estava mesmo a ver-se que era preciso dar mais criatividade ao meio campo);
- pior, e para mim incompreensível: já a perder por 2-0, regressa do intervalo sem substituições, mas cinco minutos depois chama dois jogadores. O que é que mudou em cinco minutos? Que plano tinha que se esfumou em cinco minutos? Os jogadores também interpretam o jogo e percebem que alguma coisa não está bem com as ideias do treinador.
- até final, foram mais algumas opções erradas, como a saída de Lombotto (provavelmente o melhor em campo) ou a entrada de Gual para médio!
- Para terminar da pior forma, após o apito final, Sotiris saiu para os balneários, deixando os jogadores sozinhos em campo. Ou saem todos, e explicam-se no fim, ou ficam todos. Claramente uma opção infeliz do treinador grego.
Em resumo, o melhor do jogo? O resultado. Podiam ter sido seis ou sete. E o guarda-redes do Estoril sem uma defesa em 90 minutos.
PS - lembram-se do Rio Ave - Nacional da segunda jornada? O Nacional teve um jogador expulso aos 40 minutos, mas na segunda parte nunca deixou de procurar o empate, que conseguiu. Eles tiveram a atitude que o Rio Ave ontem nunca teve.
"Sintrense" dá 4 ao Rio Ave nos Arcos
31.10.25
A minha declaração do ponto 4 - sobre o caminho que o clube seguiu
Nos últimos anos, o Rio ave FC tem vivido um período que muitos de nós nunca imaginaríamos presenciar. Falo de um clube que sempre se orgulhou de ser dos sócios, feito por sócios, e que hoje, infelizmente, parece estar a afastar-se dessa sua essência.
Recuando ao ano de posse desta direção. O número de associados foi um tema envolto em dúvidas, muito se escreveu e por muitos foi escrito — contagens que ninguém explicou e com um processo eleitoral que, curiosamente, teve um número de votos anormalmente elevado. Em 85 anos de história, nunca se tinha visto tamanha afluência. Dúvidas se levantaram.
Mas o tempo mostrou que as desconfianças não eram infundadas. A transformação da nossa SAD foi conduzida sem debate, sem auscultação, sem transparência. A verdade é que, enquanto sócios, fomos espectadores de um processo que devia ter sido profundamente participativo. Fomos deixados de fora de uma das decisões mais estruturantes da história do Rio Ave FC. Um processo feito nas costas de quem construiu este clube com paixão, suor e amor à camisola.
E as consequências estão à vista. A transformação da SAD não foi apenas jurídica ou administrativa — foi emocional, cultural e humana. O clube mudou de rosto, mas também de alma. Foram saindo figuras com décadas de dedicação. Pessoas que deram tudo pelo Rio Ave, que sempre estiveram lá, sem holofotes, mas com uma entrega genuína. Diretores, funcionários, até presidentes-adjuntos. Foram todos substituídos, sem explicações claras, como se o passado pudesse ser varrido sem qualquer comunicação.
Entretanto, a ligação entre o clube e os seus sócios vai-se desfazendo. Basta olhar para os números de assistência nos jogos que tendem a não aumentar face ao aumento exponencial de sócios que existiu. Onde antes havia entusiasmo, há agora desinteresse. Onde antes havia orgulho, há agora resignação no final dos jogos.
O Estádio dos Arcos, que já foi símbolo de união, está cada vez mais vazio de espírito. Os números do relatório e contas que hoje analisamos são o espelho disso mesmo — menos apoio, menos receita, menos vida.
Tudo isto acontece sob uma liderança cada vez mais centralizada, unipessoal, em que a presidente parece falar por todos.
A direção, na prática, foi remetida para o silêncio. O clube, que devia ser plural, tornou-se uma estrutura vertical onde as decisões se tomam num gabinete e não em conjunto com quem faz o clube viver: os seus sócios e com vocês dirigentes.
E chegamos agora ao ponto mais sensível: a acumulação de cargos. A presidente do clube é também presidente da SAD. E por mais voltas que se dê, isto é, no mínimo, um enorme conflito de interesses.
Porque quem é presidente da SAD tem o dever de defender os interesses da SAD.
 E quem é presidente do clube tem o dever de defender o clube.
 
Mas quando as duas cadeiras são ocupadas pela mesma pessoa, quem defende o quê?
Dou apenas alguns exemplos práticos:
	Como já aconteceu inúmeras vezes no futebol nacional e internacional: Quando a SAD tem uma dívida ao clube, ou deixa de pagar uma verba que deve — quem é que cobra?
Será que é Alexandrina Cruz, presidente do Rio Ave Futebol Clube, que vai exigir o pagamento… à Alexandrina Cruz, presidente da SAD do Rio Ave, nomeada precisamente pelo detentor da SAD para defender os interesses da SAD?
	E quando há uma negociação de cedência de espaços, como aconteceu há pouco mais de um mês — quem representa o arrendatário e quem representa o arrendador?
Será que Alexandrina Cruz, presidente do Rio Ave Clube, senta-se à mesa para negociar as melhores condições financeiras para o clube… com a Presidente da SAD do Rio Ave, também ela Alexandrina Cruz, que por sua vez está lá para defender os interesses da SAD?
Como é que terá sido a decisão de perdoar uns milhares de euros à SAD na época passada por parte do Clube?
Terá sido a Presidente do Rio Ave FC, Alexandrina Cruz, que se sentou com a Presidente da SAD do Rio Ave, também Alexandrina Cruz, para decidir qual a verba que melhor servia os interesses do clube… e simultaneamente os da SAD?
E mais: no dia em que os interesses do clube não coincidirem com os interesses da SAD como acontece imensas vezes no futebol nacional e internacional — o que vai acontecer?
Irá Alexandrina Cruz, presidente do Rio Ave FC, bater-se de razões e decidir ir para a esquerda, quando Alexandrina Cruz, presidente da SAD do Rio Ave, quiser ir para a direita?
Como é que isto é possível?
Como é que alguém pode achar que esta situação serve o clube, a transparência ou os sócios?
Estas perguntas são simples, mas as respostas não o são.
E é precisamente por não haver respostas claras que a transparência se perdeu.
O que se viu, foi um representante vender parte de uma empresa a outra entidade e depois ir presidir à empresa, sendo eleita pelo seu proprietário, para a qual vendeu tendo decidido o preço e condições da venda ao seu novo "empregador",
Tudo sem que ninguém da restante direção ache isso estranho e o manifeste publicamente.
O Rio Ave sempre foi um exemplo de clube sério, respeitado, com identidade. Mas hoje vivemos tempos em que as decisões se tomam em círculos fechados, onde o contraditório é visto como afronta e onde as vozes críticas são censuradas, desvalorizadas e atacadas.
Nós sócios e também vocês dirigentes, não podemos aceitar que o clube se transforme num instrumento ao serviço de vontades individuais. O Rio Ave é maior do que qualquer presidente e maior do que qualquer mandato. Seja Alexandrina ou outra pessoa a presidir este dois órgãos em simultâneo.
E por isso, esta intervenção é, acima de tudo, um apelo.
Um apelo para que o Rio Ave volte a ser dos sócios e representado por todos os seus dirigentes.
Que volte a ser transparente, participativo e vivo.
Que volte a ser o Rio Ave que aprendemos a amar — de todos, e não apenas de alguns.
Por isso, reforço o apelo que fiz no passado dia 3 de outubro:
Senhora Presidente, demita-se.
E não caia na tentação de se recandidatar, escudando-se do seu “exército” para tentar validar, através de um processo eleitoral, aquilo que é — e continuará a ser — um claro conflito de interesses.
Nenhum ato eleitoral confere legitimidade a uma situação eticamente indefensável.
Muito menos quando é sustentado pela força de um grupo fiel, e não pela vontade genuína dos verdadeiros sócios.
Mas como sei que em caso algum se demitirá, então deixo estas duas situações para as quais gostaria de obter esclarecimentos diretos da sua parte:
No dia em que os interesses do clube não coincidirem com os interesses da SAD como acontece imensas vezes no futebol nacional e internacional — como é que se irá posicionar?
Se o investidor quiser adiar a construção da bancada para 2029 por exemplo, o que dirá a presidente do Rio Ave FC?
Ter ou não ter a maioria na SAD, eis a questão (esclarecimentos sobre uma comparação infeliz)
Pergunto: o que é que isso vale, exatamente?
Masterplan apresentado em Assembleia Geral: os principais pontos
- O Masterplan prevê uma estrutura de apoio ao futebol sénior, atualmente em construção e cuja conclusão está prevista para o final da presente temporada, bem como um complexo com um total de sete campos.
 - Está prevista a construção da bancada nascente, embora não tenha sido especificado o número de lugares. Foi, no entanto, reafirmado que a sua conclusão deverá ocorrer em 2028.
 - As zonas envolventes também serão alvo de requalificação, com melhorias no parqueamento, criação de espaços verdes e a instalação de uma nova “Loja Verde” na atual zona de estacionamento da direção.
 - Dos sete campos previstos, quatro serão em relva natural.
 - Questionada sobre a localização da bancada destinada aos sócios, Alexandrina Cruz respondeu: “Os sócios serão colocados na melhor bancada” (na bancada nascente deduzo eu). Sócio terá mostrado o desagrado pelo o facto de os sócios irem para as "traseiras" do estádio longe do parqueamento e da loja do sócio.
 - O projeto contempla ainda três áreas distintas de parqueamento, melhorando a organização e acessibilidade às diferentes zonas do complexo.
 
Muitos gastos: Falta planeamento e falta rigor na orçamentação. O que dizem os números do Relatório e Contas de 2024/2025
Rendimentos
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o arrendamento da SAD, e
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o subsídio da UEFA, que passou de 5 mil euros para 170 mil euros e uma verba da seguradora de cerca de 160 mil euros.
 
Ora, este rendimento da UEFA e seguradora não é recorrente nem garantido. Se retirássemos apenas esse valor extraordinário, o resultado seria negativo.
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Gastos
Análise Detalhada
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Vendas de mercadorias caíram 59,4%, uma quebra de 63 mil euros. É provável que parte, ou até a totalidade, desta receita tenha sido absorvida pela SAD — por exemplo, através da venda das camisolas oficiais.
 
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As receitas de Prestações de Serviços (quotas dos sócios e mensalidades das escolinhas) voltaram a cair, repetindo o cenário do exercício anterior.
 
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Quotizações e Mensalidades
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As receitas de quotização mantêm-se praticamente inalteradas, apesar de o clube ter promovido uma campanha de pagamento anual de quotas que descreveu como um sucesso.
Isto significa que, tendo em conta o adiantamento de verbas, a receita real voltou a cair. E isto num contexto em que o número de sócios praticamente duplicou face a 2022/2023.
Em resumo: desde então, as receitas da quotização diminuíram mais de 10%. 
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Esta direção previa 215 mil euros em receitas de quotas, mas o valor real foi 162 mil euros — uma diferença de 25% abaixo do previsto.
 
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As mensalidades caíram de €84.595 para €69.807 (-17%). Como o valor mensal cobrado não diminuiu (ainda que haja uma equipa - sub 15 C - que tenha sido extinta), isso significa que há menos atletas nas escolas Rioavistas — ou então muitos pais deixaram de pagar.
 
Outros Rendimentos (SAD)
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Arrendamento do Estádio: €67.500
(A direção perdoou €22.500 à SAD devido à “tempestade Martinho”) - 
Arrendamento da Academia: €90.000
 
Importa recordar que a SAD foi criada em maio de 2024, o que significa que teria de pagar pelo menos mais um ou dois meses que deveriam ter entrado no relatório anterior.
Questionei pessoalmente a Presidente Alexandrina Cruz, que explicou que, “por uma questão de timing”, o pagamento não tinha vencido.
Pois bem — também não entrou neste exercício.
Conclusão: além dos €22.500 perdoados, esta Direção deixou por cobrar entre 15 e 30 mil euros referentes ao exercício anterior.
NOTA: Alexandrina Cruz tinha dito e projetado em Maio de 2024 (Ponto 6): "Na eventualidade de, por imposições regulamentares a SAD não poder utilizar o Estádio, por falta de licenciamento, a renda continuará a ser paga ao clube".
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Fornecimentos e Serviços Externos (FSE)
Talvez nem todos saibam o que esta rubrica significa, mas engloba praticamente tudo o que o clube paga a entidades externas — desde serviços profissionais a refeições, compras, representação, vigilância, etc.
E aqui é onde os números verdadeiramente explodem:
Os custos com FSE aumentaram 88%, passando de €267 mil para mais de €503 mil.
A direção tem dito que “a aposta foi o futsal”, mas, se olharmos para os números, os ordenados estão dentro da previsão feita em junho passado.
Portanto, a pergunta é: onde foi gasto todo este dinheiro?
Destaques:
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Vigilância e segurança: +96%
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De 7 mil para 14 mil euros
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Estimativa inicial: €6.600
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A Presidente afirmou em maio de 2024 que “todas as despesas de segurança do Estádio e da Academia seriam da responsabilidade da SAD”.
O que justifica, então, este aumento? 
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Deslocações e estadias: +219%
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De 19 mil para 60 mil euros
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Estimativa: €45.000
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As equipas competiram nos mesmos campeonatos — o que explica este salto?
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Gastos com pessoal: +99%
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De 26 mil para 51 mil euros
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Estimativa: €35.500
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Foram contratadas novas funcionárias, apesar de haver menos trabalho direto devido à criação da SAD.
Algumas desempenham funções também para a SAD — será o clube a suportar esses custos? 
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Despesas de representação: quadruplicaram.
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Artigos de oferta: ultrapassaram os 18 mil euros.
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Rubricas “Outros” — sem explicação detalhada — somam cerca de 53 mil euros.
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E, para terminar, um exemplo que ilustra bem a falta de rigor:
A previsão para eletricidade e água era de 25 mil euros.
O gasto real? €172,40. 
Conclusão
Falta planeamento.
Falta rigor na orçamentação.
E falta visão — para não dizer outra coisa.
O centro de custos é desproporcional e a transparência continua a ser um conceito muito relativo. É difícil para os sócios compreenderem toda esta estrutura; mas é fácil, para quem gere, gastar enquanto há liquidez imediata.
Outro ponto relevante: deixou de ser apresentado o indicador de solvabilidade, que mede a capacidade do clube cumprir as suas obrigações a longo prazo.
Por fim, nota-se um detalhe preocupante:
As dívidas a liquidar no próximo ano aumentaram de €574 mil para €627 mil, apesar de o saldo contabilístico ser positivo em €290 mil.
Ou seja: temos lucro no papel, mas mais dívida para pagar a curto prazo.
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Um relatório que, mais do que números, revela uma gestão sem rumo.
E um clube que parece viver à boleia do curto prazo — com cada vez menos visão e cada vez mais justificações.
29.10.25
Sub-23 do Rio Ave derrotados pelo Braga (apuramento complicou)
O Rio Ave foi derrotado esta terça-feira pela equipa do Braga, por 2-1, em mais uma jornada da Liga Revelação.
Depois de uma primeira parte equilibrada, o Braga conseguiu marcar os dois golos na segunda metade do encontro. O Rio Ave ainda reduziu a desvantagem já em tempo de compensação, com Francisco Curvelo a fazer o 2-1 aos 97 minutos, mas já sem tempo para evitar a derrota.
Com este resultado, o Rio Ave vê aumentar a distância para os lugares de apuramento para a fase do campeão, estando agora a seis pontos desse objetivo, quando restam apenas 18 pontos em disputa.
Vrousai: "o objetivo é a Europa"
O capitão Marius Vrousai deu uma entrevista a um jornal do seu país e, entre outras coisas, revelou os objetivos da equipa: "Certamente o objetivo é fica nos lugares de acesso às provas europeias, temos a capacidade. Mas para isso, não se pode começar os primeiros sete jogos sem uma vitória e dizer que vamos lutar para a Europa. Dentro da equipa temos esse objetivo. Nos jogos damos o nosso melhor para atingir a classificação europeia. Se não este ano, então certamente nos próximos anos.”
Curiosameente, não é a primeira vez Vrousai faz esta afirmação: em setembro, na Agrosemana, disse que "O plano é crescer, construir e mostrar capacidade para competir com todos da mesma forma. Se conseguirmos obter os resultados porque não pensar em ir à Europa, seja esta época ou na próxima”, no que foi acompanhado pelo seu colega de equipa João Graça ("Temos todas as condições para fazer uma época parecida com aquelas que o Rio Ave fazia nos seus tempos de Europa").
Se não estou em erro, os responsáveis da SAD (administração e treinador) nunca assumiram este objetivo de forma tão clara. Aliás, foi-nos dito que enquanto não houver bancada nascente a UEFA não licencia o Estádio (teríamos de jogar fora, portanto).
Assembleia Geral Ordinária amanhã, no Auditório Municipal, às 20h30
28.10.25
O que significam desportivamente os 19 milhões no 'vermelho'
Quero voltar ao tema dos prejuízos da SAD, que depois de amanhã serão esmiuçados por Alexandrina Cruz, para desenvolver uma ideia que nos interessa como Rioavistas.
Ou seja, se analisados do ponto de vista financeiros, é lá com o investidor, ele põe e dispõe e amanhã vende o André Luiz e mais outro e até equilibra as contas.
Mas o aspeto desportivo é outra coisa: imagino que as despesas da SAD na época passada terão chegado perto dos 25 milhões. Para quê? Conseguimos a manutenção na antepenúltima jornada.
Apesar de ter sido o primeiro ano completo de atividade da SAD, foi demasiado dinheiro para tão poucos resultados. E acredito que a SAD seja a primeira a reconhecê-lo. Até porque o investidor não caiu no negócio do futebol de paraquedas nem começou em 2024. Já tem um passado e um histórico de conhecimentos que deveriam permitir esperar mais.
E aqui só encontro uma explicação: os jogadores contratados (ou emprestados) estão, de forma geral, sobreavaliados.
Espero estar enganado, mas o que temos visto nesta época parece confirmar essa ideia [recordar já agora o jogo em Famalicão, em que jogámos sem reforços]
(Lomboto, o jogador mais barato do plantel? Pelo que se viu até agora, é um elemento que pode jogar na primeira equipa)
27.10.25
Séniores Femininas empatam frente ao Marítimo e sobem ao quarto lugar
Sub-19 do Rio Ave regressam às vitórias em Vizela e reentram na luta pelo apuramento
26.10.25
Rio Ave FC (Futsal) perde frente ao Elétrico FC
(Vitória 1-2 na Amadora) Sotiris ganhou o jogo a partir do banco
Não foi a primeira vez que o Sotiris desfez o trio de centrais, mas penso não estar enganado se disser que só o fez, até hoje, a perder.
Ontem voltou a acontecer, mas com a curiosidade, que é um aspeto positivo: o Estrela marcou aos 28' e o Rio Ave não dava mostras de conseguir assumir o jogo. Sotiris leu bem e mexeu ao intervalo, sem esperar pelos 65 ou 70 minutos. Pohlmann foi bastante importante porque, com o seu jogo interior, conseguiu mais espaços e criar dificuldades à defesa do Amadora. O Rio Ave empatou e até acabou por ganhar, embora com metade dos remates do adversário. A sorte que nos faltou contra o Arouca, por exemplo, apareceu ontem e, sendo o empate mais justo, trouxemos os três pontos.
Sotiris também bem no final, quando reforçou o centro da defesa, já o Amadora tinha três avançados.
Acredito que a intervenção do treinador ao intervalo, com a mudança tática, foi essencial, mas, estando todos os Rioavistas satisfeitos, ninguém ficou encantado com a exibição. Lá chegaremos?
Uma nota final: entre os nove suplentes, apenas havia um avançado e nenhum extremo. Jogando o Rio Ave com dois extremos, tirar um (Spikic, o pior em campo, por sinal, ou André Luiz) significaria sempre mexer no sistema, ainda que não fosse essa a intenção do treinador.
Como se explica isso? Lobato lesionado, Medina também? Não há um extremo nos sub23 que possa jogar? A mim parece-me coisa de amadores, ainda por cima num plantel tão vasto. Mais, acho que um dos moços dos sub23 faria melhor do que Spikic!
Para a história fica a primeira vitória fora e a segunda, ainda por cima seguida.
[curiosidade: começámos com dois homens no meio, Ntoi e Aguilera, depois entraram Liavas e finalmente Papakanello. Acabámos com quatro e apenas Gual na frente]
(o melhor jogador do Rio Ave nesta altura, sem margem para dúvidas)
25.10.25
Vitória na Reboleira: Nem o Estrela brilhou, nem o Rio Ave encantou
Em termos de oportunidades claras, o Estrela não foi muito superior ao Rio Ave, mas apresentou o dobro dos remates e, sobretudo, o dobro da vontade de vencer. O Rio Ave, por sua vez, mostrou-se apático durante grande parte da partida, tirando os cinco minutos iniciais da segunda parte, onde deu um ligeiro sinal de reação.
Curiosamente, o golo da vantagem do Rio Ave acabou por surgir no momento em que o Estrela parecia estar por cima do jogo. No entanto, há um ponto positivo a destacar: Sotiris arriscou. Pela primeira vez em muito tempo, o técnico grego decidiu alterar o sistema ao intervalo, abdicando da linha de cinco defesas e procurando um modelo mais ofensivo.
Não foi uma exibição de encher o olho, longe disso, mas foi uma vitória essencial — a segunda consecutiva no campeonato — que pode devolver alguma confiança a uma equipa que bem precisa dela.





















